Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou diretrizes para o tratamento de pacientes com doença avançada por HIV (AHD), mas a mortalidade continua alta. A adoção das recomendações da OMS pelas diretrizes nacionais está mal documentada. Nosso objetivo era estender nossa revisão anterior de seis diretrizes nacionais de gestão, incluindo outros países da África Subsaariana.
Métodos: Identificamos diretrizes de mais oito países participantes de um estudo multinacional de profilaxia com azitromicina para AHD. Os dados foram extraídos em cinco domínios, incluindo definição de AHD (1 item), triagem (6 itens), profilaxia (6 itens), cuidados de suporte (1 item) e tratamento do HIV (4 itens), e pontuaram a concordância de cada diretriz nacional com as diretrizes da OMS.
Resultados: Seis das oito diretrizes nacionais tinham uma seção designada para AHD. Em comparação com a diretriz da OMS, a pontuação de concordância para as diretrizes nacionais foi entre 7 e 17 de 18, sendo que a discordância é motivada principalmente pela falta de informações. Nenhuma das diretrizes nacionais tinha mais de três itens que não estavam de acordo com as diretrizes da OMS, e o número máximo de itens não abordados por nenhuma diretriz era oito. As principais áreas de discordância foram a população-alvo para o início da TARV na presença de meningite tuberculosa (1/8 de acordo) e o rastreamento de lipoarabinomanano na urina (2/8 de acordo). O grupo populacional alvo para a profilaxia com cotrimoxazol e sua descontinuação estava de acordo com as recomendações da OMS em 3/8 das diretrizes nacionais. Exceto uma diretriz, todos os documentos mostraram concordância geral semelhante, independentemente da data de publicação.
Conclusão: As diretrizes nacionais da para a gestão de pessoas com AHD estão amplamente de acordo com as diretrizes da OMS. As principais áreas de discordância são as recomendações sobre o rastreamento de lipoarabinomanano na urina, profilaxia com cotrimoxazol e início da terapia antirretroviral na presença de tuberculose.
Palavras-chave: Doença avançada por HIV; Terapia antirretroviral; Diretrizes; África Subsaariana.
